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Notícia de Qualquer Modo

Segundo a polícia, crime foi motivado pelo uso do adereço.
Dos quatro envolvidos, três são adolescentes e um tem 18 anos
Foto: Reprodução/TV Globo Foto: Reprodução/TV Globo

Pulseira preta daria 'direito' a fazer sexo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Uma adolescente de 13 anos foi estuprada por pelo menos três rapazes, em Londrina (PR). O crime teria sido motivado pelo uso da  "pulseira do sexo", segundo a polícia. A vítima foi abordada por um grupo composto por quatro jovens depois de sair da escola, na região central da cidade, por volta das 12h do dia 15 de março. De acordo com a Polícia Civil, um dos envolvidos tem 18 anos e vai responder em liberdade pelo crime de estupro de vulnerável. Os demais já foram identificados, mas ainda não prestaram depoimento até a manhã desta quarta-feira (31).

A “brincadeira” das pulseiras funciona da seguinte forma: uma menina coloca diversas pulseiras de silicone coloridas no braço e um jovem tenta arrebentar um dos adereços. Cada cor representa um “carinho”, que vai desde um abraço até a prática de sexo; quem arrebentar receberá a “prenda” da dona da pulseira.

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Cada cor da pulseira representa um 'carinho', que vai de um abraço até sexo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Segundo o delegado William Douglas Soares, o caso chegou ao conhecimento da polícia no dia 23 deste mês, quando a mãe e a garota relataram o ocorrido. "A menina disse que foi abordada pelo grupo e um deles arrancou a dita 'pulseira do sexo' que ela usava. Pela cor do adereço, ela teria de pagar uma prenda aos jovens. Ela se mostrou constrangida com o fato e acompanhou o grupo até a casa do rapaz de 18 anos. A menina não relatou que eles tivessem usado arma para isso."

Soares informou ainda que o encontro preliminar aconteceu no terminal de transporte coletivo central de Londrina, que registra grande movimento de estudantes no horário de saída das escolas. "A vítima e os envolvidos não se conheciam. Por isso tenho a convicção de que o crime só aconteceu por causa do uso das 'pulseiras do sexo'. Fica aqui o alerta aos educadores, pais e estudantes sobre isso."


A jovem está recebendo acompanhamento psicológico do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) desde o registro do caso. "Estamos esperando os laudos psicológico e do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre as agressões sofridas pela menina", disse o delegado.

Soares informou ainda que o fato de a jovem ter acompanhado os agressores até a casa de um deles não tem importância no inquérito. "Trata-se de um caso de estupro de vulnerável, que independe de consentimento ou não da vítima, que neste caso tem menos de 14 anos, como rege a legislação."

Em caso de condenação, o rapaz de 18 anos pode cumprir pena que varia de 8 a 15 anos de reclusão. "No caso dos demais envolvidos, que são menores de idade, eles podem ser levados para medidas sócioeducativas ou até para internação, de acordo com o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]", disse o delegado.


Polêmica
Em São Paulo, o uso das pulseirinhas provocou polêmica entre pais, educadores e alunos. Fáceis e baratas de se comprar, as pulseiras viraram moda.

Um projeto de lei que proíbe o uso das pulseirinhas do sexo nas escolas da rede municipal de Navegantes (SC) foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores da cidade, no começo deste mês.

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